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  • Se Eu Morresse Amanhã (autorreflexão)

    Por Magaly Delgado (MagaMagaly) Sou Terapeuta holística, sensitiva, numeróloga e radiestesista. Formada em Psicanálise Interativa e graduada como Sacerdotisa. Escritora do livro "Despertar - A Reintegração dos Filhos da Luz" . Gostaria de ter o dom de filosofar sobre a morte, de enxergá-la de modo lúdico, como se não fosse a única coisa real, desde o meu nascimento. A morte e o tempo, têm uma conexão, intensa e forte, uma com a outra. Quando jovens, vemos a morte num tempo quase irreal, como se nunca fossemos vivenciá-la. Com o passar do tempo, começamos a morrer todos os dias um pouco. São os sonhos não realizados, são as derrotas diante das fatalidades, ou o cansaço do corpo físico, diante das intempéries da vida. Morremos um pouco, quando vemos nossos ideais, se deteriorarem pela inversão de valores, morremos um pouco quando sucumbimos diante das nossas fragilidades, ao nos deparar com a certeza que a vida continuará mesmo sem você estar nela. Mas a questão é que ao fugirmos da morte, fugimos da única certeza do que nos espera um dia, e neste caso o ”se eu morresse amanhã”, isto seria agora. A morte se apresenta, como um véu de mistérios, onde suas brumas nos escondem da verdadeira consciência. Quanto mais próximo de quem eu penso que sou, mais longe penso estar do meu verdadeiro eu. Vivi tanto tempo nesta Matrix de sonhos e ilusões, que a morte me aproxima da minha verdadeira consciência. E esta descoberta tardia, me enche de tristeza, porque perdemos muito tempo brincando de viver que nos esquecemos que a morte nos espera, para nos trazer de novo a realidade que teimamos em negar. A morte, ao andar em paralelo à minha vida, não me assombra. Ela faz me lembrar que de todo jeito irei atravessar este portal. E chamo de portal, porque para mim, nada mais é do que a volta para dentro da minha própria consciência. É a expansão que me tira de um mundo ilusório, para a realidade que me aguarda, sem máscaras e sem ilusão. A morte nos despoja da ilusão de quem pensamos ser, ela nos coloca no devido lugar, que conquistamos em vida. Errando ou acertando, com vícios e erros, vamos colher aquilo somente que plantarmos. Se acredito em outras vidas? Sim, acredito! Mas acredito também que esta Roda de Sansará, este Véu de Maya, a nos manter presos neste magnetismo de 3° dimensão, nos afasta também das grandes possibilidades de alçar novos voos em direção à Luz. Morrer não significa não evoluir. Isto é, seria para mim a verdadeira “MORTE”, continuar estagnados num mesmo patamar, no nosso caso, o de 3ª dimensão. Aqui em vida, é ainda para nós, a mais remota forma de continuar a viver, ou pensar que se está realmente vivo. Enquanto não conseguirmos acordar da dormência em que nos encontramos - esta morte em vida - nunca conseguiremos sequer, encontrar quem realmente somos. Se atravessar o portal da morte significa a busca fora desta prisão, que venha a morte! No entanto o caso está longe de ser este. O medo da morte vem do medo de sofrer, da forma como esta morte poderá ocorrer, se através de doenças, se através de acidentes, se através de situações fatais... Será que até para morrer temos que ter merecimento, dormir num sono profundo, para se reencontrar no Grande Oriente de Luz? Seria maravilhoso, porém acredito que para se ter este merecimento, a pessoa terá que ter acertado seus carmas e darmas totalmente. A doença serve como depurador do Ego, a dor como lembrete da nossa situação de fragilidade nesta terra. Até nosso último suspiro iremos acertar, lapidar nossa pedra. Então por que não começarmos a encarar a morte como uma mudança de consciência? Consciência esta que nos indica quem somos e o que realmente queremos e precisamos desta existência. A vida nos prepara todos os segundos dela, para morrermos um dia, nos condiciona a soltar os cordões que nos prendem a pessoas e situações, nos ensina a ir de encontro do nosso destino e nos faz querer ser melhor do que somos. A morte nos mostra de forma nua e crua a fragilidade que sustenta nossos egos. E passar por ela, é o único meio de ir de encontro à nossa essência de Luz, encontrando em nós a Divindade no nosso próprio EU SOU. Se eu morresse amanhã... agradeceria a oportunidade de atravessar mais um portal, diante de uma existência futura. Canal Youtube: MagaMagaly/Casa dos Espelhos

  • Metade - Poema de Oswaldo Montenegro

    Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca pois metade de mim é o que eu grito a outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante pois metade de mim é partida a outra metade é saudade. Quer as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos pois metade de mim é o que ouço a outra metade é o que calo Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereço que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada porque metade de mim é o que penso a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afaste e o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembro ter dado na infância pois metade de mim é a lembrança do que fui a outra metade não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o seu silêncio me fale cada vez mais pois metade de mim é abrigo a outra metade é cansaço. Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba e que ninguém a tente complicar pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer pois metade de mim é platéia a outra metade é canção. Que a minha loucura seja perdoada pois metade de mim é amor e a outra metade também. [Composição de Oswaldo Montenegro] Recomendado por meu grande amigo/irmão Márcio Santos

  • De tanto voar, torna-se invariável

    Será antes o véu que cobre Antes que este dia acabe Antes que a noite dobre Antes que os anjos caiam Por vezes em harmonia Juntos a compartilhar Finos versos e canções Por isso tenho a agradecer Tu és como o néctar Adoçando momentos Aguçando sentimentos Voar livre, se desprender A ti sou grato sim Por serdes assim Pureza no coração Beleza em emoção Coração que brilha Fada da Alegria brilha Mais que estrela ilumina Teimosia, sempre me inspira Figura feminina que permeia O sentimento do bem querer Basta que venhas sorrir E a pura beleza sobressair Basta que vejas ao longe Fogo brilhante que prevalece E tua aura sutil, despretenciosa, Nem percebes... a mim, emudece.

  • Responsabilidade com os próprios sentimentos é fruto do autoconhecimento

    Por Cristiane Mazará (Sou graduada em Turismo e pós-graduada em Marketing, Consultora em Feng Shui desde 2011, realizo palestras, além de atuar em tratamentos como Aromaterapeuta). Pensei em escrever esse acontecimento há cerca de um mês. Mas pensando bem, você sabe o que isso acarretaria? Teria feito um texto cheio de raiva, críticas e julgamentos, provavelmente muitos se identificariam e também postariam comentários com críticas e ressentimentos. E tudo que precisamos neste momento é de um olhar mais positivo e de atitudes mais positivas. Por isso hoje me sinto grata em poder compartilhar essa história com outro olhar e sentimento. Esse texto é sobre responsabilidade, críticas e julgamentos, e a mudança de foco para tentar transformar tudo isso em compaixão, empatia e autoconhecimento. Desde o início da quarentena tenho me mantido tranquila, observando as coisas à minha volta, mas para mim a vida pouco mudou. Trabalho há sete anos em casa e dar conta de conciliar o trabalho, filho, casa... é minha rotina. Portanto recebi esta fase de isolamento com naturalidade. E assim tenho me comprometido com as orientações de ficar o maior tempo possível dentro de casa, usar máscara, manter a distância de familiares e amigos. Acontece que uma das atividades que realizo em casa, exige que eu me desloque para fazer entregas. E é ai que essa história começa. Era um domingo de muito sol, agradável, desses que dá vontade de sair para passear. Então saí de casa para fazer as entregas e uma delas seria feita na casa da minha mãe. Fiquei com o coração apertado por saber que chegaria tão perto, mas não a veria, apenas deixaria o pacote na portaria. Em meu trajeto de carro passei por praças e grandes avenidas e para minha surpresa, havia muita gente na rua, caminhando, se exercitando, fazendo pic-nic, a grande maioria, cerca de 90% das pessoas estavam sem máscaras, sem respeitar o distanciamento sugerido... Era um domingo ensolarado como outro qualquer. Apenas observava, mas quando finalmente fiz a entrega na portaria do prédio onde minha mãe mora, desabei a chorar. Sentia muita raiva, me sentia tola e com vontade de gritar; senti que o que eu e minha família fazíamos pelos outros não era recíproco. Enquanto me privava da presença de quem amo, as pessoas desfrutavam de um domingo de sol como se nada estivesse acontecendo. Tive vontade de publicar um "textão" nas redes sociais para mostrar minha indignação. Mas foi quando me dei conta de que cada um percebe esse momento a seu modo e entendimento, de acordo com suas experiências, expectativas, missão e responsabilidade. Percebi que era hora de ser adulta nesta situação, não a criança que chora porque não pode brincar com os outros, assumindo que a crítica era a minha projeção sobre o que no fundo eu gostaria de fazer. Trouxe então a responsabilidade para mim, pois devo saber qual é meu papel nesta situação, mesmo que seja a mesma para todos, mas que cada um responde a seu modo. Não tenho controle pela atitude do outro, somente pela minha, decido o que devo fazer e o que é importante para mim e para minha família. Ao respirar fundo e me abster da crítica e do julgamento, consegui compreender que cada um vive seu processo dentro de um mesmo cenário. Por isso, como disse no início, agradeço por ter me presenteado com a oportunidade de olhar para dentro antes de sair criticando o que está fora, pois provavelmente causaria mais raiva, críticas e ressentimentos. Com certeza eu não estaria dizendo a verdade, pois cada um tem sua própria verdade. Foi então que finalmente consegui responder a esta grande questão do momento: "O que será da minha vida após o isolamento? Certamente o que eu fizer dela até lá!" Após elaborar tudo isso e perceber que poderia falar sobre o assunto com mais leveza e positividade, sob outro ângulo me deparei com esse pensamento no perfil de um amigo nas redes sociais: "A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos." - (Mahatma Gandhi) Compreendi que se ainda não me for possível desenvolver compaixão ou empatia por este momento que vivemos, pelo menos tolerar e aceitar o que não posso mudar, um dia de cada vez, torna-se um grande exercício rumo ao caminho de um amor mais fraternal. Afinal, apenas nos é possível evoluir graças a diversidade de pensamentos, sentimentos e ações, pois cada um compartilha o que tem e essa é a riqueza do Ser. Site: Hamornize sua Casa Instagram: AnisEstreladoAromas

  • Passos, pessoas e passados

    Vivemos o presente e costumamos imaginar que o futuro será melhor do que foi o passado. As lembranças são eternas, a saudade é permanente. Nossos olhos seguem em busca de cenas dos tempos vividos. E os anos passam... Passos lentos, passos firmes, em passadas ou paradas. Pessoas passam. Umas vão, outras vêm. Obstáculos surgem. Enfrentados, se tornam passados. Há obstáculos invisíveis, outros fixos, porém alguns são obstáculos móveis. Mal os superamos e temos de novo enfrentá-los. Nada de dobrar os joelhos antes tais obstáculos, vamos transpô-los. Nada de ficar enterrando os ossos de nossos fracassos. Melhor construir pontes. Vivenciamos lições de vida, aprendemos a vasculhar em nossos guardados do coração e a acariciar lindos momentos que se foram para não mais voltar. Crescemos na alma, mas sempre seremos frágeis no amor e na paixão. Muitos e muitas virão. Ou quem sabe... nossa estrada nesta vida seja curta. Nada saberemos do amanhã! O tempo apenas passa e nós passeamos por ele. Horas, dias e meses continuam a desfilar na passarela do aprendizado enquanto vamos protagonizando os atos da peça teatral de nossa vida. Saboreando momentos felizes tal como o amargor de momentos infelizes. Podemos assumir que a vida é um grande baile em que almas se encontram, se esbarram, se unem e se separam. Ora bailando aos conflitos, nas esperanças e nas suavidades, ora desfrutando essa doce aventura que é viver. Todavia, podemos ainda concluir que o importante é ser, cada qual em sua essência, com adversidades, com lágrimas derramadas, com vitórias celebradas, tudo mais! A alegria do viver é nosso maior presente. Seja aqui, agora, onde, quando quiser.

  • Resposta a tanto pessimismo, desânimo e desespero que circulam pela atmosfera

    Jesus! Sei que o Senhor é o Bom Pastor que guiará meus passos principalmente pelos caminhos tortuosos por onde devo andar. Senhor! Acalma meu espírito que se inquieta por tantas dificuldades. Mestre! Minhas emoções, muitas vezes, são confusas. Tenho medo! E muitas vezes penso em desistir. Não sei como lhe falar, são tantas as angústias e nenhuma resposta. Jesus Salvador! Venho então em silêncio lhe pedir auxílio porque só enxergo provas e tempestades. Não sei se terei forças para suportar o fardo dos problemas. Por isso, estou aqui nesse instante pensando em Ti... E das lágrimas surge a esperança! Jesus! Mentalizo a sua imagem que me irradia tanta paz... tanto amor... És a Luz que vem me libertar da escuridão. És a Esperança viva de um novo amanhecer. Jesus de Nazaré! Do Céu e da Terra eis a sua infinita bondade nos curar das aflições da alma. Vinde a Mim todos vós que  estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei porque Eu continuo sendo o Caminho, a Verdade e a Vida Não temam! Eu sou a Luz do Mundo e aquele que me segue não andará em trevas. Ah, Jesus! Minhas forças renascem E também a certeza de que tudo passa... É  preciso ter fé! Coragem! Prudência! Calma!  E comprometimento no seu amor, Mestre! Afinal, o amor cobre a multidão dos pecados, rompe as fronteiras e a tudo renova. Mestre Amado! Dai-nos a sabedoria para compreender, a resignação para aceitar e o bom ânimo para não desistir das lutas diárias. Senhor! Senhor! És  o meu consolo e fortalecimento. És  a felicidade que me falta. O alimento espiritual que tanto necessito. O rumo certo para todo viajor. Jesus! O mundo não me causa mais desespero. Quem contigo anda não teme a  a perturbação porque és a chama eterna e viva que aquece o  coração. Posso tudo naquele que me fortalece. E  Aquele no hoje, no  amanhã e no novo porvir será sempre Jesus! O Nosso Eterno Salvador. Confia Nele! E a tua fé te salvará! Colaboração de minha prezada amiga: Sonia Carvalho - escritora e palestrante (Autora de vários livros publicados, desenvolve trabalhos nas áreas espirituais e de ensino, além de exercer atividades voluntárias. Toda a renda obtida com seus livros é destinada à instituições de caridade).

  • Citando Pitágoras e a Matemática da Vida

    O filósofo e matemático Pitágoras, dentre seus grandes feitos, era visto como profeta. A ele se atribui a máxima: “O princípio de tudo é número! " Isto é, tudo está revelado em números. Porém, é mais conhecido o seu teorema, que diz: “A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. ou; “O quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos”. De onde obtemos a Fórmula: a² = b² + c². Obviamente estamos falando de matemática pura, o que chamamos de “Exatas”. Bem, e se pudermos analisar por outro ângulo, o da matemática da vida, temos: · A soma do quadrado dos nossos medos é igual ao quadrado da falta de nossas atitutudes. ou; · O quadrado da medida de nossas boas ações é igual a soma dos quadrados dos nossos melhores planos. · A soma do quadrado do comprimento do início ao fim do caminho é igual a soma do quadrado do comprimento do caminho de ida e do caminho de volta. ou; · O quadrado da extensão do amor humano é igual ao somatório dos quadradros dos sentimentos nobres, a bondade e a compaixão humana. Opa! Longe de mim lançar um “pseudorema” (com o perdão da palavra inventada), mas deste modo tornamos essa tal matemática da vida, assim mais “Humanas”. De onde possamos obter a Fórmula: amor² = bondade² + compaixão². Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais. Bondade: qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem; benevolência, benignidade, magnanimidade. Compaixão: sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor. Terá sido esta uma ousada tradução da fórmula pitagórica numa tese "neo-freudiana". E depois desta analogia surrealista, vale encerrar tomando emprestada a seguinte definição feita por Livia Moura, no site pensador.com: “Na matemática da vida, aprender é uma operação inversa da conhecida. Quando, quanto mais aprendemos, mais abre-se o leque do que há para aprender, ou seja, quanto mais se aprende, mais descobrimos que sabemos menos do que imaginávamos.” Inspirado na Coleção “Ponto de Equilibrio”. https://www.pensador.com/colecao/mentalidade/

  • Lua encantada, sinônimo de magia

    Lua, tu que és tão bela Tu que és a mais formosa Fazei com que a alma singela do perfume e candura da rosa Invista-se do que reside em mim. Lua, tu que és rainha do céu Que encanta o recanto celeste Antes que termine resto de papel Entregai entre as não forçosas mãos O toque sereno à que espera de mim. Embora há que se realizar por simpatia, Persistir por noites seguidas, suave fantasia, Seja não somente brisa noturna, pois que sim Toque sutil da magia que tens, Fada da Alegria Flor vivente, ainda distante, florescendo o jardim.

  • Beleza e Simplicidade na Imperfeição

    O Bambu japonês: simples, nobre e sagrado. Perfeito não é, belo nem tanto. Algo bem relevante em relação ao bambu: apesar e não muito levado em conta por nós ocidentais, os japoneses levam muito a sério o cultivo e a cultura (ensinamentos) em torno do bambu. É uma das árvores mais resistentes que existem. É tão durável quanto o concreto e a sua tração é comparada ao aço. E de sua exploração produtiva e econômica, podemos observá-lo na alimentação, da produção do álcool, na celulose, reflorestamento e artesanato, decoração e movelaria, até mesmo em estruturas sólidas para construções, entre outras coisas. Casualmente, descobri que existem sete lições verdadeiras sobre o bambu: 1ª lição: Se curva mas não quebra. Com suas raízes são profundas, demora crescer mais só cresce para o alto. 2ª lição: A fragilidade é somente aparente. Suporta bravamente invernos e verões extremos, sobrevive a vendavais. 3ª lição: Vive sempre em comunidade. Não cresce sozinho, o grupo cresce junto, mantendo as raízes próximas. 4ª lição: Não se deixa derrotar pelas adversidades. Curva-se de tanta neve sobre eles, mas volta ao lugar, por seus nós firmes. 5ª lição: Busca a sabedoria no vazio. Seu interior é oco, é vazio para estar abertos à tudo que é novo e diferente. 6ª lição: Cresce sempre e sempre para o alto. Para evoluir sempre, crescimento contínuo e cresce mais na estação chuvosa. 7ª lição: Procura buscar a simplicidade. De poucos e pequenos galhos, é simples! Não perde tempo criando enormes galhos. Dito isto, por que não passar a fazer uso destas lições, tendo o bambu como aliado?

  • O Corvo (The Raven)

    (Poema clássico de Edgar Allan Poe, na histórica histórica por Fernando Pessoa) Numa meia-noite agreste, Enquanto lia, lento e tristes, vagos, curiosos, tomos de ciências ancestrais, E já quase adormecia, ouvi o que parecia, O som de alguém que batia levemente a meus umbrais. "Uma visita", eu me disse, "Estão batendo a meus umbrais. É só isto, e nada mais." Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro, E o fogo, morrendo negro, urdia as sombras desiguais. Como eu queria a madrugada, toda a noite aos livros dada Pra esquecer, em vão, a amada, hoje entre hostes celestiais Essa cujo nome, sabem as hostes celestiais, Mas sem nome aqui jamais! Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo, Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais! Mas, a mim mesmo infundido fôrça, Eu ia repetindo, "É uma visita pedindo, entrada aqui em meus umbrais; Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais. É só isto, e nada mais". E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante, "Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais; Mas eu estava adormecendo, quando viestes batendo, Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais, Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais Noite,noite e nada mais. A treva enorme fitando, fiquei perdido receando, Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais. Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita, E a única palavra dita, foi um nome cheio de ais Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais, . Isso só e nada mais. Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo, Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais. "Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela. Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais." Meu coração se distraía pesquisando estes sinais. "É o vento, e nada mais." Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça, Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais. Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento, Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais, Num alvo busto de Atena, que há por sobre meus umbrais, Foi,pousou, e nada mais. E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura, Com o solene decoro de seus ares rituais. "Tens o aspecto tosqueado", disse eu, "mas de nobre e ousado, Ó velho corvo emigrado, lá das trevas infernais! Diga-me, "qual é o teu nome lá nas trevas infernais?" Disse o corvo, "Nunca mais". Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro, Inda que pouco sentido, tivessem palavras tais. Mas deve ser concedido . que ninguém terá havido, Que uma ave tenha tido, pousada nos meus umbrais, Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais, Com o nome "Nunca mais". Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto, Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais. Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento, Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais Todos todos já se foram. Amanhã também te vais". Disse o corvo, "Nunca mais". A alma súbito movida, por frase tão bem cabida, "Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais, Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono, Seguiram até que o entono . da alma se quebrou em ais, E o bordão de desesperança de seu canto cheio de ais, Era este, "Nunca mais". Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura, Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais; E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira, Que queria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais, Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais, Com aquele "Nunca mais!". Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo, À ave que na minha alma, cravava os olhos fatais, Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando, No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais, Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais, Reclinar-se-á nunca mais! Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso, Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais. "Maldito!", a mim disse: "deu-te Deus, por anjos concedeu-te, O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais, O nome daquela que não esqueces, e que faz esses teus ais!" Disse o corvo, "Nunca mais" "Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio, ou essa ave preta? Fosse diabo ou tempestade, quem te trouxe a meus umbrais, A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo, A esta casa de ânsia e medo, dizei a esta alma a quem atrais Se há um bálsamo longínquo, para esta alma a quem atrais! Disse o corvo, "Nunca mais". "Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio, ou essa ave preta!? Pelo Deus ante: quem ambos somos fracos e mortais. Dize a esta alma entristecida se no Edem de outra vida, Verá essa hoje perdida, entre hostes celestiais, Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!" Disse o corvo, "Nunca mais". "Que esse grito nos aparte, essa ave ou o diabo!", Eu disse. "Parte! Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! Não deixes pena, que ateste a mentira que disseste! Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais! Tira o vulto de meu peito, e a sombra de meus umbrais!" Disse o corvo, "Nunca mais". E o corvo, na noite que infinda, está ainda, no alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais. Seu olhar tem a medonha cor. de um demônio que sonha, E a luz lança-lhe a tristonha sombr. no chão há mais e mais, Libertar-se-á... nunca mais!

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