Tomando por base uma definição informal, o bom senso preconiza que a pessoa deva ser sábia ao fazer suas escolhas, isto é, apelar para o "bom e velho" bom senso sempre que for tomar decisões.
E como fui convidado a refletir sobre pessoas superficiais, venho lançar um holofote sobre a falta do bom senso, em se tratando da vasta exposição a que nos submetemos no ambiente hostil da internet.
Agir com o bom senso, via de regra, pode ser algo inerente ao caráter. Também pode ser de acordo com as circunstâncias. Chega a ser algo subjetivo, que uns diriam que pouco importa, outros digam quando faz falta e os demais se esforcem em praticá-lo.
Reconheço que falando assim pode soar com arrogância, presunção, generalização. Afinal, dissertar sobre o bom senso é o mesmo que tentar qualificar a moral e a ética - valores individuais que geralmente são vistos no âmbito coletivo.
Por isso deve haver um certo grau de zelo em tais colocações. Entretanto, é proposital a maneira como fiz com que coubesse relação com o título desta reflexão.
Neste mundo virtual, remoto e ultraconectado em que vivemos ultimamente, é importante vigiarmos cada passo, cada post, cada texto que fazemos, pois além expostos, ficamos sob o risco agir de forma superficial, sem o cuidado de mostrar essência e honestidade.
Quem nunca se passou por superficial e nem percebeu, seja por atitude intencional, inocente ou inconsciente?
Chega a ser difícil dar resposta imediata a esta pergunta porque requer uma autocrítica. Avaliar se atingiu a índole, a personalidade, a imagem alheia. Se alguém, sob efeitos da falta do bom senso, trouxer prejuízos a um ou mais indivíduos, cabe a ele próprio se preocupar em buscar meios de reparação. Como se diz no popular, todo mundo tem de olhar para o próprio umbigo, fazer uso da autocrítica.
E ainda, para ajudar no raciocínio, vale questionar: o que é mais custoso, lidar com o lado superficial das pessoas no mundo virtual ou no cotidiano do mundo real?
Em ambos casos, há um modo comum de se agir, que é o "deixar rolar", ignorar e seguir adiante. São superficiais as pessoas que acreditam no "gratuito". E não é por ser gratuito que não tem valor.
Independente de mundo virtual, real/físico, o melhor é agir com cautela para não faltar com o bom senso, correndo o risco de ser ignorado por ter sido uma pessoa superficial.
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