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Páginas Escritas

O que somos, temos e podemos

Como é importante nos lembrarmos que somos fracos diante das enfermidades, somos frágeis diante da brevidade da vida, somos volúveis diante das próprias vontades!


Nada como ter fortes laços familiares e sociais para nos ajudar a suportar contra tantas adversidades!


Oh, quão bom e maravilhoso é, que os irmãos possam viver em união! - como diz o belo salmo cento e trinta e três!


É certo que, os altos e baixos do curso natural das coisas nos tornam vulneráveis, frente aos muitos percalços do ano, do dia, da vez.


É vero que, nunca estamos livres das perdas, sejam elas materiais ou humanas.

É sério que, ainda assim, devemos seguir e lutar, sem nos deixar sucumbir a mediocridades, a atitudes desprezíveis, a desejos descartáveis. Resistir, ser firmes, valentes e confiantes no próprio umbigo, mas sem negar o apoio conjunto, o companheirismo coletivo e o bom convívio sócio-familiar.


Sendo tomados pelos infortúnios das manhãs, tardes e noites, por vezes recorremos aos valores herdados desde que nascidos. Depois, quando crianças, mais e mais crescidos, até quando adultos e idosos. Não tem jeito, ora ganhamos, ora perdemos...


Há quem negue os vícios do passado percorrido, há quem dê as costas para os atos do presente, bem ou mal vivido. Porém ninguém está isento dos frutos, bons ou podres, que no futuro hão de ser colhidos.

Afinal, atos e fatos de nossas vidas são registrados como depósitos e retiradas, taxas e juros, descontos e encargos, trocos e trocas, descontos e gastos, lucros e perdas, todos resultantes do movimento diário na conta corrente que cada um de nós possui aberta no "Banco Destino S/A".

Qual seja, havemos de ser parte inseparável de um cabedal humano, ser o tijolo bem colocado de um edifício domiciliar. Não sejamos elos fracos de uma corrente sanguínea, muito menos a peça solta de um laço fraternal, tampouco, um corte profundo na carne tenra de um cordão umbilical.

A forma como pensamos determina o rumo de nossas ações. A forma como agimos determina o rumo de nossos resultados. 

Porque somos água e pedra, poeira e sopro, ferro e fogo, átomo e éter; alma e corpo. Temos sangue, carne e osso. Pés na terra, cabeça, tronco e membros no ar. 

Não raro, ficamos presos no canto escuro de nossas ilusões, gozando férias no paraíso das vaidades, calçados pelas velhas posses terrenas, personificados por marcas e modelos, forjados por atitudes torpes.

No entanto, resta-nos pouco. Temos menos do que pensamos. E do pouco que temos, será nosso apenas até que o tempo e a terra nos pereça. Porquanto, resta-nos galgar os sete passos para a profusa eternidade.


Podemos sim, ser mais seres igualmente humanos. Ser menos número, estatística, probabilidade. E sim, podemos ser mais unidos, por incrível que pareça.


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