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Páginas Escritas

O Brasil: um produto e seu consumidor

O Brasil é praticamente um caso de PROCON!

Culpar fabricante ou consumidor?


Assumindo que o Brasil é um produto mal acabado, cheio de falhas, subutilizado, sem garantia de satisfação nem seu dinheiro de volta. E que não adianta devolver, pois o fabricante declarou que não tem conserto, assim mesmo vamos usando, meio quebrado, remendado, colocando tapa-furo em tudo quanto é canto.


No Brasil, não se respeitam as leis!

As leis existem, mas o brasileiro não as reconhece. Brasileiro não conhece seus direitos. Renegam seus deveres. Subjugam seus defeitos. Ignoram sua procedência.

Brasileiro não lê manual!


Esse produto o brasileiro usa, sem ligar para ler seu manual: a Constituição Federal, que assim ouso comparar. Ela é como aquele manual se empoeirando no fundo da gaveta, que explica muita coisa, mas que deixa pra lá, porque acha que já sabe como funciona, e então usa como prefere usar.

Sei que é exagero, que estou generalizando, dizendo um monte de absurdos. Pode ser. Mas por força de expressão, por ser difícil exemplificar sem generalizar, trago este ponto de vista ilustrativo. Temos:


- A Constituição do Brasil, que no artigo 5º que garante a liberdade, a igualdade de direitos, o direito de ir e vir, a livre expressão e tantos outros fundamentos, direitos e deveres individuais e coletivos.


   a) Liberdade subtraída, caso more em São Paulo, por não poder usar seu carro em determinadas áreas da cidade;


  b) Igualdade revogada, por não pode usar seu aparelho celular dentro da agência bancária, da mesma forma quanto usa na agência de correios;

  c) Direito de ir e vir cerceado, por não poder estacionar o veículo na porta de casa, onde pintaram uma ciclo-faixa de um falso vermelho escarlate;

  d) Comunicação bloqueada, por não podermos usar o recurso de mensagem de texto em lugar da ligação de voz, quando uma minoria o usa para motivos escusos;

- O Congresso Nacional, que é a Casa das Leis, está repleto de representantes do povo, criado para ser o Parlamento e não para ser um “Parlamento” (sic!) , onde a sujeira corre solta.

  e) Legislar para o povo é pedir muito, então para os parlamentares, é mais prático legislar ou defender interesses em causa própria, para quem pagar mais.


- O Poder Judiciário, que em todas as suas instâncias, vive sob amontoados de processos, causas e coisas por julgar, parece seguir um pensamento:

  f) Há muito o que corrigir/curar mas não se resolve com uma panaceia – remédio para todos os males. Como se diz no jargão da saúde pública, é virose, surto, epidemia, endemia, sei lá, quase um pandemônio! 

Então, se de um todo resta-nos pouco, e que por direito, somos consumidores desse do produto tido como o país do futuro, cabe-nos o dever de seguir usando-o, arrumando-o e ajustando-o. 


Do contrário, a mais ninguém servirá. 

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