Sigmund Freud, certa vez, definiu que o Ego é a sede da consciência, um lugar de manifestações inconscientes; o Eu, a diferenciação do isso; é a instância do registro imaginário por excelência; portanto, das identificações e do narcisismo.
Desde então, descobriu-se que as funções do Ego são: capacidade de operar um recalcamento; sede das resistências; tentar gerir a relação "princípio de prazer" versus "princípio de realidade"; participar da autocensura; capacidade de construir meios de autoproteção; verdadeiro lugar de passagem da libido; produzir a sublimação (processo inconsciente pela a qual a energia da libido se desvia para trabalhos mentais criativos, socialmente desejáveis).
Complexo! Difícil de assimilar numa primeira leitura.
Ensaiando ver de modo mais simples, sabemos que:
Perdemos tempo demais sofrendo por situações que não podemos mudar.
Tempo demais, sofrendo por quem não nos ama; Tempo demais correndo atrás da tal felicidade; Tempo demais idealizando riqueza e patrimônio;
Perdemos tempo... e nem percebemos, que fingimos ser eternos.
Vivemos até certo tempo da vida, como se a morte não fosse o inevitável.
Esquecemos do que realmente importa, valores distorcidos, paixões desmedidas, excesso de materialismo, tudo nos afasta da verdadeira consciência de quem somos.
Nos perdemos no Ego, ensimesmados, desperdiçando a chance de construir o caminho que um dia nossa alma traçou.
Então noutro ponto, quando a idade chega, percebe-se que o dinheiro, não trouxe o amor esquecido, a saúde mal aproveitada, a felicidade foi efêmera, e tudo que acreditou, foi alterado pela vida, percebe que as escolhas feitas, não podem mais ser mudadas. E as consequências passarão a ser a história de vida.
Não temos que nos perder no caminho. Porque nós fazemos o caminho. Temos de recuperar o propósito estarmos vivos.
Temos que ser construtores de nós mesmos, lapidar os excessos, ceifar os vícios, tirar os rótulos que nosso Ego adora. Pois o tempo perdido e os desvios do Ego podem nos transformar em folhas secas ao vento, sem rumo, sem destino...
Partir em busca do Ego perdido. Encontrando-o, retificar-se e descobrir que a verdadeira felicidade encontra-se na forma como devemos tratar nossos semelhantes. Ser diferente do isso, ser verdadeiro por essência.
Porquanto, não percamos tempo! Sejamos construtores de nossas vidas.
E quando o fim do caminho se aproximar, teremos a certeza de que fomos mestres de nós mesmos e de que teremos sido uma estrada pavimentada de virtudes.
Coautoria de Magaly Delgado, do Blog Casa dos Espelhos.
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