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Páginas Escritas

Do cultivo do perdão até a colheita da gratidão

Há um abismo entre o perdão e a discórdia. Nele vive a esperança do esquecimento espontâneo. No entanto, um algo simples pode ser inatingível, uma vez que muito se faz uso da insensatez.


O perdão é divino? Não! Perdoar é humano.

Perdoar não requer ciência de outrem. Forgive to forget. Perdoe pra esquecer. Perdão é dar sem esperar nada receber. É absolvição. Sua e de seu semelhante.


Diz uma suposta lenda hindu que a divindade  do homem está escondida nas profundezas do próprio ser.  Mas para encontrá-la é preciso o conhecer a si mesmo,  saber driblar a ilusão e o egoísmo, controlar a mente e sentidos,  obedecendo a Lei Divina do Karma - da causa e efeito.


E o poder do silêncio?  Basta o esforço do calar-se!

Não precisa olhar nos olhos do próximo, pra saber o que ele traz de sagrado.

Só fechar os olhos e declinar a cabeça, Venerar tanto o próprio sentimento, Quanto reverenciar o sentimento alheio, cultivando o amor e a pureza da alma.

Empoderar-se da quinta essência Divina, Interligar-se como filhos de um único Universo.


Quem busca afastar a angústia acaba atraindo a frustração; Quem se entrega ao acaso acaba devolvendo a indiferença;

Enquanto se espera algo involuntário se percebe o algo em troca; Enquanto se recolhe à quietude do coração se obtém as respostas;


Quando tudo é constante, ainda há o infortúnio; Quando nada é bastante, ainda há o obstáculo;

Quanto mais se vai adiante, ainda pode haver retrocesso; Quanto menos se aproxima de Deus, menos se confia no homem;


Como encontrar a temperança em meio à tormenta? Como recuperar a crença onde apenas se vê incoerência?


Porque é na tempestade que se formam os bons marinheiros; Porque é na terra firme que se fincam as mais fortes raízes.


Quisera ter a coragem de ser tão grande quanto o Criador te fizeste... Pudera ser o orvalho da manhã a cada lágrima tua que choraste...


Serdes forte e corajoso para enfrentar sem medo de perder.

Outrossim, reitera-te e persevera, e então, cala-te e perdoa.

Até cobrir o tal abismo e usufruir dos frutos da gratidão. 

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