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Páginas Escritas

Abutres do poder, pelegos da sociedade mambembe

Miséria é miséria em qualquer canto, riquezas não. Essas são diferentes. Ninguém mais sabe falar esperanto. Castas, crenças, moléstias, esperança.


Comecei parafraseando os versos de uma música da banda Titãs, ressaltando o contra senso destes dias e noites malditos, em que qualquer prosa ou poesia se deteriora, tendo em vista essas balbúrdias de tantas notícias estapafúrdias.


É difícil ficar bonito quando se está faminto. Ora, é bucho vazio,  ora é mente seca, as  vísceras "putres". Rumores e ruídos vindos do centro poder; Poder esse que está tomado pelos abutres.


É impossível ficar alheio quando se está cercado de asco. Pudera, é ranço visível, é repúdio veemente, uma repulsa a governo mambembe; Tumores que entopem os dutos dos cofres públicos; Público que já se não entende.


Como haver prosperidade em meio ao lixo produzido pelas farsas? Quando haverá luminosidade enquanto só os vaga-lumes pousarem nas urnas? Onde se verá uma sociedade igualitária diante das mazelas do azul contra o  vermelho?


Nada a ver; nada mais por haver.

A não ser, estarmos fadados a ser esta republiqueta!


Enquanto estivermos cercados de maus homens assinando acordos, rascunhando subornos e pintando os "sete reais" de forma irreal, serão os pelegos que empunharão megafones e cerrarão punhos, depois de mendigar que suas falácias sejam afagadas. Sei que estes verbos e adjetivos aqui empregados estão vomitados, no entanto é a forma encontrada para aliviar as náuseas dos fatos veiculados.


Não é exclusivo meu ponto de vista, pois  mais fácil é ficar alheio ou só divagar sobre mais do mesmo. Afinal, quem se importa!? Se tanto faz o erro de hoje, o desfalque de ontem ou o rombo de amanhã? Pouco importa.


Muito de toda essa lameira vai pro limbo. Quase tudo vai virar lodo. Vai ser como aquela crosta de limo na parede do aquário. Aliás, temos nada mais do que os três segundos de memória de um peixinho de aquário.


Se a sujeira vai ser varrida para baixo do enorme tapete nacional e o empresariado vai parar com todo o jabaculê? Talvez! Vai depender de quanta farinha for usada no bolo confeitado da imprensa. De quanto bagaço sobrar depois das(os) laranjas fiéis aos malfeitores sujeitos políticos. E dos montes de "memes" distribuídos pelos smartphones da massa popular.


Afora, resta a cada um de nós apenas sintonizar o canal de mídia oficial ou social preferido e escolher em qual mentira acreditar.


Vox populis, vox Dei. A voz do povo é a voz de Deus. Menos aquelas que são gravadas escondido. Essas nem Deus sabe.

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