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Páginas Escritas

A sete chaves, uma fórmula...

"o místico número sete"

São sete os pecados capitais. São sete as cores do arco-íris.
Sete virtudes, sete sacramentos. Sete dias... e Deus criou Seu Reino.
De tantos "sete" podemos suscitar! Dos sete aos sete, tudo se revelará.
Tem a mística em que tudo se guarda, a sete chaves, no mágico universo.
Que quereis dizer este velho dito? Que talvez algo intocável exista? Ou que tocável possa existir, desde que das tais sete chaves se tenha posse?
Em cada chave, uma tranca. Em cada tranca, um segredo.Em cada segredo, um saber oculto. Saberes ocultos, verdades invioláveis.
De que pode valer uma certeza tão irretocável, se não houver a possível quebra da fechadura que a guarde?
Do que adiantaria dissolver o metal ferroso, se não fosse para criar a chave que trancasse o metal valioso?
A que serviria o tesouro posto em baú nobre, se não fosse para comprar um servo fiel que o protegesse?
Uma vez foi dito que nem tudo é inviolável, que nem tudo é inquebrável, que nem tudo é apropriável. Provável é que exista uma chave mestra!
Não a legítima “Chave Mestra”, intangível e mantenedora de todo o segredo universal.
Mas a chave mestra, a chave das chaves. Aquela que o sábio guarda para o fecundo instante de abrir frestas, cavas e fendas do viver.
Irônico e contraditório é tecer algo sobre a chave das chaves, tendo começado a tocar em “sete chaves”.
Icônico e mandatório também é dissertar sobre o místico “número sete”, sem ao menos haver propósito mais elevado.
Propósito mais elevado, talvez, apenas um: a imortalidade, cuja fórmula está guardada sim, a sete chaves.
Ao alcance desta, tão somente há o Supremo Criador, a quem pertence a legítima Chave Mestra.   
 

Publicado originalmente no blog Escritor Brasileiro

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