As Estações da Vida
- Neto, José
- 3 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Sucesso é um esforço constante. Os obstáculos sempre vão aparecer, para desanimar os fracos e não merecedores do sucesso. São as adversidades que dão sentido à existência. Acaso a semente reclama das pedras que encontra pela frente?
Se a vida é um só caminhar, não importando se é reto, curvo ou enrugado. Sempre há um sentido.
Ela, simplesmente, aumenta o esforço e, se a pedra tem uma fenda, por ali atravessará suas raízes. Se não tiver fendas, e não puder rompê-la, vai contorná-la e alcançar seus objetivos. Os rios reclamam diante das montanhas ou dos penhascos? Simplesmente, seguem seu caminho, entre curvas e quedas, sempre em direção ao mar. E as ervas daninhas, que não precisam ser plantadas? Elas existem por si. As boas sementes, essas sim, têm que ser plantadas na Primavera e cuidadas no Verão, quando nascem, para que frutifiquem no Outono. As ervas daninhas são danadas! Alimentam-se dos bons esforços do que trabalham. Observe ao redor e verás quantas sugam suas energias. O Verão é a época de cuidar da plantação com esforço diário. A Primavera é a estação da criação, das oportunidades. O Outono é o tempo da colheita, do usufruto dos resultados. O Inverno é o momento do sofrer ou da buscar por novas oportunidades. Quando a planta nasce, os ataques vêm de todos os lados. É quando a natureza age para selecionar as fortes, que garantirão os frutos na estação própria.
Quando estiver sendo atacado, entenda como um caminho natural para que te mostres forte. As ervas daninhas colocam dúvidas onde há confiança, suspeitas sobre as verdades, impaciência onde há paciência, e onde há esforço lançam sementes da protelação, da procrastinação, da preocupação. O objetivo das ervas daninhas é levá-lo à derrota. No Verão da vida, invista suas horas ociosas no autodesenvolvimento, em planejar mais, em ler mais, em investir mais em projetos proveitosos. Pense em objetivos respeitáveis, use seus talentos em ocupações dignas, afeiçoe-se a alguém digno, reserve maior respeito a si mesmo. Sua autoimagem determina sua qualidade de vida. O Inverno pode chegar em pleno Verão, enquanto cultivamos e cuidamos do que plantamos, ou na Primavera, em meio às oportunidades. E a estação das oportunidades nos será tirada, se não reagirmos rápido.
O Inverno pode se abater sobre nós também em plena estação da colheita e querer acabar com nosso Outono, deixando-nos com resultados de pouco valor.
O Inverno sempre virá. Não apenas a estação climática, mas aquela estação da vida, caracterizada pelo desespero, solidão, decepção ou tragédia. Nossas súplicas não são atendidas, nossos filhos deixam-nos aturdidos, a competição nos ameaça ou alguém vem se aproveitar de nós. Uma coisa é certa: o Inverno vem para todos. Para os preparados e os despreparados. Para quem está preparado, que plantou, cuidou e colheu, o Inverno pode se transformar numa estação de oportunidade: para leitura, planejamento, juntar forças, usufruir do abrigo confortável, de satisfação e compartilhamento, de gratidão e de repartir as dádivas.
O Inverno é, para os preparados, a oportunidade de descanso, mas não um descanso excessivo; de desfrutar dos frutos, mas não da gula; de conversas amenas, mas não de futilidades; de gratidão, mas não de complacência; de orgulhar-se, mas não de enaltecer as vaidades.
The Seasons of Life
(Texto-análise do Livro de Jim Rohn)
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