Um anjo me enviou mensagem de que você estava a andar na escuridão. Senti você perto de mim. Então você correspondeu:
Estou na luz! Quero muito poder dividi-la contigo.
Vamos continuar regando estas sementes.
E os frutos jamais se perderão.
A fé é nosso fio condutor.
Abraço e fique bem.
Quero te ter assim.
Sorria, está sol.
Porém outro dia era de chuvas.
As enchentes parecem devastadoras, mas a água renova a terra.
E o fogo, mesmo que pareça terrível, quebra a dormência da semente sinalizando que é hora de viver o novo.
Não compreendi. Mesmo minhas dores quis ler seu silêncio e preocupei-me com ele. Fiquei aqui pensando em um par de hipóteses.
1- Reserva-se ao evitar contato com minha 'escuridão";
2- Também andas na escuridão.
Vejo que foi na primeira hipótese. E fico feliz por você sentir-se na luz, ainda que eu sinta "esquisita" por entender que você, meu amigo, também se foi.,quando não pude lhe proporcionar esta luz...
Estou lendo um livro e lembrei muito de você: “Quem me roubou de mim, de Padre Fabio de Melo”, uma profunda reflexão a respeito do sequestro da subjetividade.
Silenciei por li que você não quis se misturar com meu momento "treva".
Andei por lugares "escuro e frio" aqui dentro. Agora a tempestade vai passando e o solo começa a selecionar as sementes que germinarão.
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