Atualizado: 28 de jun de 2020
Passo 1
Se o amor por ser exato não cabe si
E por ser encantado, o amor revela-se
Apenas por ser amor, invade e fim.
Se um veleiro repousasse em minha mão
E a mim tocasse, com sentimento
Partiria rumo certo ao meu coração.
Se um dia alguém me peguntar por que voltei
E voltasse, mesmo que alguém nem esperasse
No tempo aonde estive, nada mais passasse.
Passo 2
Se os olhos são como o espelho d'alma
E a força de um olhar faz o corpo tremer
Resgatar a esperança dentro de mim
Lá se vão as águas para o mar sem fim.
Se o futuro não é mais como era antigamente
E a verdade é nada mais que tecido velho
Quimeras, anseios que vamos conseguir.
Se a dúvida se faz mais forte ante a certeza
E embora pouco nos reste mais que a esperança
Vamos embora... pois que tanto adianta esperar!?
Passo 3
Se risonhos lindos campos têm mais flores
E a alegria nos olhos da criança é viver
Que venham dias, galos, noites e quintais.
Se ainda se quer alguém em quem confiar
E enquanto desconfia-se da própria sombra
Ensimesmado, julga-se-á ser o bastante.
Se em caráter terminativo vê-se o mundo
E em angústia teme-se a vinda do novo
Nada em vão, se arraigados somos,
firmes formos, êxito teremos.
(Versos incidentais inspirados em Djavan, Jesse, Belchior, Renato Russo, Vandré, Banda Zero e Hino Nacional)