Mente aberta e corpo fechado, a alma descansa

Noventa por cento de mim sente que é necessário sossegar o corpo e a alma.  
 

 
Agora com um pouco de calma, sinto que estou sendo  tirada da  tomada. Hora de entra no confessionário (uma reunião em particular com o Divino).  
 

 
Tenho dito incessantemente: "Sou espiritual e o que estou passando é pontual. Faz parte deste momento, apesar de não entender sua profundidade".
 

 
Olho para minha bonequinha e só vem uma coisa na mente: "Lhe esperei pela vida toda, por  toda minha vida e pela  eternidade. Que  bom tê-la aqui. Vou cuidar de você".
 

 
Antes de partir...
 

 
Antes de partir da sua  vida, eu chorei, chorei por dias e anos sem fim.
 
Chorei pelo ombro amigo que ficava para trás.
 
Pela capacidade de ouvir que aprenderá a usar com humildade
 
Pelo poder de curar “os dodóis” com seu “oi”
 
Pelos braços que consolavam minha alma.
 
Pela intelectualidade afinada com a filosofia da reflexão, sem intenções sublineares.
 
Pelas palavras que nunca mais seriam dita/ouvidas.
 
Pelo encantamento de descobrir o "novo".
 
Pelas conversas em cima das árvores. 
 
Pelos filhos não teríamos, bem como pelo que não viveríamos com eles.
 
 
 
E ainda choro!  
 
Quando pelos  cantos do mundo, preciso aprender a cada dia
 
A viver sem o que  acreditei que viveria.
 

 
"Para que os servos possam, 
 
  com suas vozes soltas, ressoar as maravilhas de vossos atos, 
 
  limpa a culpa do lábio manchado, ó São João.”
 
(trecho do Hino a São João Baptista)